5ª Convenção Brasileira de MalabarismoCuritiba- PARANÁ, 26 a 30 de novembro de 2003 | Organizadores: Daniel Skroski, Diogo Cardoso Rego, Fernando Moutinho, Heleno Jesus, Janine Malanski, Jorge Hidaka.Participantes: 360 |
A 5ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo aconteceu entre os dias 26 e 30 de novembro de 2003, em Curitiba, Paraná, no Clube Panorâmico. O local foi escolhido por atender às necessidades de custo, espaço e disponibilidade. A data também foi pensada para coincidir com o circuito de convenções sul-americanas, o que atraiu uma grande participação de artistas estrangeiros, principalmente argentinos e chilenos. O evento contou com cerca de 360 participantes, com metade deles sendo brasileiros e a outra metade vinda de outros países da América do Sul.
Fotos por Diogo Cardoso
Essa edição trouxe inovações importantes, como a inclusão de alimentação e área de lazer para os participantes. A convenção também foi a primeira a levantar a necessidade de um ginásio para treino disponível 24 horas, algo que se concretiza nas edições seguintes. A taxa de inscrição foi acessível, variando entre R$ 125 e R$ 150, permitindo a participação de pessoas com diferentes realidades financeiras. Além disso, o perfil do público começou a mudar: mais famílias e alunos de escolas de circo passaram a frequentar o evento, que antes era dominado por jovens ligados à cena rave. Essa mudança de público fez com que a estrutura da convenção precisasse ser repensada para atender às novas demandas.
O local oferecia piscinas com toboáguas, proporcionando um ambiente de lazer, e o valor da inscrição incluía café da manhã, almoço e jantar. No entanto, ainda faltava um espaço de treino completamente adequado, o que gerou discussões entre os participantes. Foi nessa edição que se consolidou a necessidade de garantir, nas convenções futuras, um bom espaço para treinos e apresentações, além de áreas com sombra e acesso à água.
Um ponto polêmico desta edição foi a crítica feita por artistas chilenos e argentinos, que acusaram os malabaristas brasileiros de “matar o malabarismo”. Isso gerou reflexões na comunidade e incentivou a criação de movimentos locais e regionais para elevar o nível técnico dos artistas. A partir desse impulso, surgiram encontros como o Encontro de Malabarismo Paulista, o Encontro Carnavalesco em Barroso, o Encontro Carioca, além de iniciativas em estados como Ceará e Goiás.
Ao final da convenção, houve um impasse quanto à realização da edição seguinte, já que não havia proponentes para organizá-la. Após algumas negociações, uma equipe de artistas de Minas Gerais, frequentadores assíduos das edições anteriores, aceitou a responsabilidade, mesmo relutantes, para garantir a continuidade do evento.
Curiosidades
- Anthony Gatto foi contatado para participar, mas, apesar de ter retornado com um cachê de USD 3000,00 + custos, ele não tinha agenda disponível, e a convenção não dispunha de orçamento para contratá-lo. Foi um momento positivo, já que ele mostrou apoio ao evento.
- O malabarista brasileiro Prego (em memória) foi contratado e fez uma apresentação memorável. Durante a Gala, ele jogou com cinco claves de madeira maciça, e nos “Renegados” fez um flash com seis claves, mas acidentalmente quebrou um dente ao pegar a última clave. A convenção arcou com o custo do reparo.
- Outro momento tenso foi quando Nacho Noche fez uma performance com quatro claves de fogo dentro de um barracão com teto de palha, gerando muita apreensão entre os presentes.
Organização e Apoios
A organização contou com Jorge Hidaka (in memoriam), Fernando Moutinho, Daniel Skroski, Heleno Jesus e Diogo Dioggling. Eles receberam apoio de pessoas importantes, como Ale Roit, que compartilhou sua experiência da 4ª Convenção, Janine Malanski, responsável pela pré-produção e execução, e Mari Weigert, assessora de imprensa, que garantiu grande visibilidade ao evento.